D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto: Este descritor avalia a habilidade de identificar como o texto se mantém coeso, ou seja, como as ideias se ligam. Isso envolve reconhecer o uso de palavras que se repetem (com cautela, pois repetições excessivas podem ser um problema) ou que são substituídas por sinônimos, pronomes, expressões resumitivas, entre outros recursos, garantindo a progressão das informações sem redundância desnecessária.
D7 – Identificar a tese de um texto: A tese é a ideia central defendida pelo autor. É o ponto de vista principal sobre o assunto abordado. Este descritor avalia a capacidade de localizar essa afirmação central, que geralmente se encontra na introdução ou conclusão do texto, mas pode estar implícita em alguns casos.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la: Este descritor verifica se o leitor compreende como os argumentos apresentados no texto servem para dar suporte à tese. Os argumentos são as razões, evidências, exemplos, dados, fatos, opiniões de especialistas, entre outros recursos, utilizados para convencer o leitor da validade da tese.
D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto: Textos são compostos por informações de diferentes níveis de importância. Este descritor avalia a habilidade de distinguir as informações essenciais (ideias centrais, argumentos principais) das informações complementares ou secundárias (exemplos, detalhes, explicações adicionais).
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa: Este descritor se aplica principalmente a textos narrativos (contos, romances, etc.). O conflito é a situação-problema que impulsiona a história. Os elementos da narrativa incluem personagens, espaço, tempo, narrador e enredo. Identificar como esses elementos se relacionam com o conflito é o foco deste descritor.
D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto: Este descritor avalia a compreensão das relações de causalidade presentes no texto. Identificar como um evento ou uma ação leva a outro, compreendendo as ligações de causa e efeito, é crucial para a interpretação textual.
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.: Este descritor foca na compreensão de como as palavras e expressões de ligação (conjunções, advérbios, locuções conjuntivas, preposições, etc.) estabelecem relações lógicas entre as ideias no texto. Essas palavras indicam relações de adição, oposição, conclusão, explicação, causa, consequência, entre outras, e são fundamentais para a coesão textual e para a compreensão das intenções do autor.
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, focada em aprimorar suas habilidades de interpretação textual. Dominar a leitura e a compreensão de textos é crucial não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para a vida. Nesta aula, exploraremos descritores essenciais que frequentemente aparecem em avaliações e concursos. Vamos mergulhar fundo em cada um deles, com exemplos práticos e dicas valiosas.
A Coesão Textual: Ligando as Ideias (D2)
Um texto coeso é como uma teia bem tecida, onde cada fio se conecta aos demais, formando um todo harmonioso. O descritor D2 avalia sua capacidade de identificar como essa conexão é feita. Repetições de palavras, embora às vezes necessárias para ênfase, podem tornar o texto cansativo.
Por isso, autores habilidosos utilizam mecanismos de substituição, como sinônimos (ex: "belo" por "formoso"), pronomes (ex: "O livro é interessante. Ele aborda...") e expressões resumitivas (ex: "a problemática ambiental" referindo-se a algo já discutido). Observem como esses recursos evitam a monotonia e garantem a progressão das informações.
"A poluição dos rios é um problema grave. Esse fenômeno afeta a vida aquática e a saúde humana." (O pronome "esse fenômeno" retoma "a poluição dos rios", evitando repetição).
Por que é importante?
A coesão textual é fundamental para a compreensão do texto. Ela garante que as ideias fluam de forma lógica e que o leitor possa seguir o raciocínio do autor. Além disso, a coesão contribui para a clareza e a elegância da escrita.
Identifique as repetições: Preste atenção às palavras que se repetem. Pergunte-se se elas são necessárias ou se podem ser substituídas por sinônimos ou pronomes.
Use sinônimos: Sinônimos são palavras com significados semelhantes. Eles ajudam a evitar repetições e a tornar o texto mais variado.
Empregue pronomes: Pronomes (ele, ela, isso, aquele, etc.) são ótimos para referir-se a elementos já mencionados, evitando repetições.
Utilize expressões resumitivas: Expressões como "o problema", "a questão", "o fato" podem resumir ideias anteriores, facilitando a compreensão.
Revise seu texto: Após escrever, revise seu texto para verificar se a coesão está adequada. Se necessário, faça ajustes para melhorar a clareza e a fluidez.
Sem coesão: "O livro é interessante. O livro aborda temas importantes. O livro é bem escrito."
Com coesão: "O livro é interessante, pois aborda temas importantes e é bem escrito."
Identificando a Tese: A Ideia Central (D7)
Todo texto argumentativo ou dissertativo apresenta uma tese, ou seja, a ideia central que o autor defende. É o ponto de vista sobre o assunto. Localizar a tese é fundamental para compreender a mensagem.
Geralmente, ela aparece na introdução, sendo desenvolvida ao longo do texto, ou na conclusão, como um resumo da argumentação. Em alguns casos, a tese pode estar implícita, exigindo maior inferência do leitor.
Em um texto sobre a importância da leitura, a tese poderia ser: "A leitura regular é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo."
Por que é importante?
Identificar a tese é fundamental para a compreensão do texto. Ela orienta a leitura e ajuda a entender o propósito do autor. Além disso, a tese é um elemento-chave para a elaboração de resumos e paráfrases.
Leia com atenção a introdução: A introdução costuma apresentar a tese de forma explícita. Preste atenção às frases que expressam a opinião do autor.
Identifique o assunto principal: Qual é o tema central do texto? O que o autor está discutindo?
Pergunte-se: "Qual é a posição do autor em relação a esse assunto?" A resposta a essa pergunta é a tese.
Analise a conclusão: A conclusão costuma reafirmar a tese. Verifique se a conclusão está alinhada com a ideia central apresentada na introdução.
Se a tese não estiver explícita, tente inferi-la: Às vezes, a tese não é apresentada de forma direta. Nesse caso, você precisará inferir a partir das informações do texto.
"A leitura é uma atividade fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo. Ela estimula a imaginação, amplia o vocabulário e proporciona acesso a diferentes culturas. Além disso, a leitura contribui para a formação de cidadãos críticos e conscientes."
Tese: A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo.
Argumentação: Sustentando a Tese (D8)
Uma tese, por si só, não convence ninguém. Para isso, o autor utiliza argumentos, que são as razões, evidências, exemplos, dados estatísticos, citações de especialistas, entre outros recursos, que comprovam a validade da tese.
O descritor D8 avalia sua capacidade de entender a relação entre a tese e os argumentos. Pergunte-se: "Por que o autor afirma isso? Quais provas ele apresenta?".
Se a tese é "A prática de exercícios físicos melhora a qualidade de vida", os argumentos poderiam ser: "Redução do risco de doenças cardiovasculares", "Melhora do humor e do sono" e "Aumento da disposição física".
Por que é importante?
A relação entre a tese e os argumentos é fundamental para a construção de um texto argumentativo sólido. Os argumentos são a base da argumentação, e a tese é a conclusão a que se chega a partir desses argumentos.
Identifique a tese: Antes de analisar os argumentos, é importante identificar a tese do texto. Pergunte-se: "Qual é a ideia central defendida pelo autor?"
Identifique os argumentos: Os argumentos podem ser encontrados em diferentes partes do texto. Preste atenção a frases que apresentam razões, evidências, exemplos, dados, fatos, opiniões de especialistas, etc.
Avalie a relação entre os argumentos e a tese: Pergunte-se: "Como os argumentos apresentados no texto sustentam a tese? Quais são as conexões lógicas entre eles?"
Verifique se os argumentos são válidos: Nem todos os argumentos são igualmente fortes. É importante avaliar se os argumentos são relevantes, consistentes e apoiados por evidências.
Tese:
"A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo."
Argumentos:
"A leitura estimula a imaginação e a criatividade."
"A leitura amplia o vocabulário e a compreensão da linguagem."
"A leitura proporciona acesso a diferentes culturas e perspectivas."
"A leitura desenvolve o pensamento crítico e a capacidade de argumentação."
Hierarquia das Informações: Distinguindo o Essencial do Secundário (D9)
Nem todas as informações em um texto têm o mesmo peso. Há ideias centrais, que são o núcleo da mensagem, e informações secundárias, que as complementam, como exemplos, detalhes e explicações.
O descritor D9 avalia sua habilidade de hierarquizar as informações, identificando o que é fundamental para a compreensão do texto e o que é acessório.
Em um texto sobre a Revolução Francesa, a queda da Bastilha é uma informação principal, enquanto a descrição dos trajes da época é uma informação secundária.
Por que é importante?
Saber diferenciar informações principais e secundárias é crucial para:
Compreensão profunda: Permite focar no núcleo da mensagem, evitando dispersão com detalhes menos relevantes.
Resumo eficaz: Facilita a produção de resumos concisos e precisos, destacando apenas as informações-chave.
Análise crítica: Auxilia na avaliação da argumentação do autor, identificando os argumentos centrais que sustentam a tese.
Estudo eficiente: Otimiza o tempo de estudo, direcionando o foco para os conceitos mais importantes.
Localização rápida de informações: Em textos extensos, ajuda a encontrar rapidamente as informações relevantes.
Interpretação contextualizada: Compreender a hierarquia das informações permite interpretar corretamente o sentido global do texto, evitando interpretações equivocadas baseadas em detalhes isolados.
Identifique o tópico frasal: Geralmente, o primeiro período de um parágrafo apresenta a ideia central daquele trecho. Este é um excelente ponto de partida.
Procure palavras-chave: Palavras que se repetem ao longo do texto ou que são enfatizadas pelo autor (itálico, negrito, aspas) geralmente indicam informações importantes. Fique atento a sinônimos e palavras correlatas.
Analise a estrutura do texto: Observe como o texto está organizado (introdução, desenvolvimento, conclusão). A introdução costuma apresentar as ideias principais, o desenvolvimento as explora e a conclusão as retoma.
Pergunte-se: "Qual a intenção do autor ao inserir esta informação?" Se a informação serve para explicar, exemplificar ou detalhar uma ideia anterior, provavelmente é secundária. Se ela introduz um novo aspecto ou argumento central, é principal.
Distinga entre generalizações e especificações: Ideias gerais e abrangentes tendem a ser principais, enquanto exemplos específicos e detalhes são secundários.
Use marcadores textuais: Conectivos como "por exemplo", "em outras palavras", "ou seja", "além disso" geralmente introduzem informações secundárias que exemplificam ou adicionam detalhes à ideia principal. Conectivos como "portanto", "assim", "desse modo" costumam indicar conclusões ou consequências das ideias principais.
Faça um esquema ou mapa mental: Representar visualmente a estrutura do texto, com as ideias principais no centro e as secundárias ao redor, pode ajudar a visualizar a hierarquia das informações.
Texto: "A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde. Por exemplo, correr diariamente por 30 minutos fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC. Além disso, a atividade física libera endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade. Estudos recentes também mostram que exercitar-se regularmente melhora a qualidade do sono e fortalece o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente a infecções."
Informação Principal:
"A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde."
Informações Secundárias:
"correr diariamente por 30 minutos fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC." (Exemplo)
"a atividade física libera endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade." (Explicação e detalhamento)
"Estudos recentes também mostram que exercitar-se regularmente melhora a qualidade do sono e fortalece o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente a infecções." (Evidência e detalhamento)
Narrativa e Conflito: Desvendando a Trama (D10)
Em textos narrativos, o conflito é o motor da história, o problema que os personagens precisam enfrentar. O descritor D10 avalia sua capacidade de identificar esse conflito e relacioná-lo aos elementos da narrativa: personagens (quem participa da história), espaço (onde a história se passa), tempo (quando a história acontece), narrador (quem conta a história) e enredo (a sequência dos acontecimentos).
Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito central é o ciúme de Bentinho e a suspeita de traição de Capitu.
Por que é importante?
Identificar o conflito e os elementos da narrativa é crucial para:
Compreensão global da história: Permite entender a mensagem central e as intenções do autor.
Análise crítica: Facilita a interpretação dos significados implícitos e a avaliação da construção da narrativa.
Apreciação estética: Enriquece a experiência de leitura, permitindo uma imersão mais profunda na história.
Produção textual: Auxilia na criação de narrativas coerentes e envolventes.
Identifique a situação inicial: Como a história começa? Quais são as circunstâncias iniciais dos personagens?
Procure o evento que quebra o equilíbrio inicial: Algo acontece que perturba a ordem e gera o conflito.
Pergunte-se: "Qual o problema que os personagens precisam resolver?" A resposta a essa pergunta geralmente revela o conflito gerador.
Analise as ações e reações dos personagens: Como eles reagem ao conflito? Suas ações impulsionam o enredo e levam ao clímax e ao desfecho.
Observe o espaço e o tempo: Como o ambiente e a época influenciam o conflito e as ações dos personagens?
Considere o tipo de narrador: A perspectiva do narrador influencia a forma como o conflito é apresentado.
Esquematize o enredo: Identifique a introdução, o desenvolvimento, o clímax e o desfecho para entender a progressão do conflito.
Relacione o conflito com a temática da obra: O conflito geralmente está ligado a temas mais amplos abordados na narrativa.
Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito gerador é o ciúme de Bentinho e sua suspeita de traição por parte de Capitu.
Personagens: Bentinho, Capitu, José Dias, Escobar.
Espaço: Rio de Janeiro do século XIX.
Tempo: Passado, com retrospectivas e memórias do narrador.
Narrador: Em primeira pessoa, Bentinho.
Enredo: A história da vida de Bentinho, desde a infância até a velhice, marcada pela obsessão com a suposta traição de Capitu.
Causa e Consequência: Entendendo as Relações (D11)
Muitas vezes, os textos estabelecem relações de causa e consequência entre eventos ou ações. O descritor D11 avalia sua capacidade de identificar essas relações, compreendendo como um fato leva a outro.
Palavras como "porque", "devido a", "consequentemente", "portanto" geralmente indicam essas relações.
"Aumento do desmatamento na Amazônia causa o aumento do efeito estufa."
Por que é importante?
Compreender as relações de causa e consequência é crucial para:
Compreensão profunda do texto: Permite entender a lógica dos acontecimentos e a motivação das ações dos personagens.
Interpretação contextualizada: Ajuda a interpretar o sentido global do texto, evitando interpretações superficiais ou equivocadas.
Análise crítica: Facilita a avaliação da argumentação do autor, identificando as relações lógicas entre as ideias apresentadas.
Previsão de desdobramentos: Permite antecipar possíveis consequências a partir das causas apresentadas no texto.
Resolução de problemas: Em textos que descrevem problemas e soluções, a compreensão da relação causa-consequência é essencial para identificar as causas do problema e avaliar a eficácia das soluções propostas.
Procure palavras-chave que indicam causalidade: Conjunções e locuções conjuntivas como "porque", "pois", "já que", "visto que", "devido a", "em consequência de", "por isso", "portanto", "logo", "consequentemente" são fortes indicadores de relações de causa e consequência.
Identifique a ordem dos eventos: A causa geralmente precede a consequência, mas nem sempre. Fique atento à ordem em que os eventos são apresentados no texto.
Pergunte-se: "Por que isso aconteceu?" A resposta a essa pergunta geralmente revela a causa.
Pergunte-se: "Qual foi o resultado disso?" A resposta a essa pergunta geralmente revela a consequência.
Analise o contexto: O contexto pode fornecer pistas importantes sobre as relações de causa e consequência.
Cuidado com as falsas relações de causalidade: Nem sempre a sequência temporal indica uma relação de causa e consequência. Às vezes, dois eventos ocorrem em sequência, mas não há uma ligação causal entre eles.
Esquematize as relações: Se o texto apresentar várias relações de causa e consequência, pode ser útil esquematizá-las para melhor compreensão.
"Choveu forte e, por isso, as ruas ficaram alagadas." (Causa: chover forte; Consequência: ruas alagadas)
"Como estava doente, João não foi à escola." (Causa: estar doente; Consequência: não ir à escola)
"O aumento do desemprego resultou em um crescimento da criminalidade." (Causa: aumento do desemprego; Consequência: crescimento da criminalidade)
"A falta de investimento em educação básica tem como consequência a baixa qualidade do ensino." (Causa: falta de investimento em educação básica; Consequência: baixa qualidade do ensino)
Conectivos Lógico-Discursivos: Tecendo a Argumentação (D15)
As palavras e expressões que ligam as ideias em um texto são chamadas de conectivos lógico-discursivos. Elas estabelecem diversas relações lógicas, como adição ("e", "além disso"), oposição ("mas", "entretanto"), conclusão ("portanto", "logo"), explicação ("porque", "pois"), entre outras.
O descritor D15 avalia sua habilidade de identificar essas relações e compreender como elas contribuem para a coesão e a progressão argumentativa.
"Estudou muito, portanto, obteve um bom resultado." (O conectivo "portanto" indica uma relação de conclusão).
Por que é importante?
Compreender as relações lógico-discursivas é fundamental para:
Compreensão global do texto: Permite entender a progressão das ideias e a intenção do autor.
Interpretação precisa: Evita interpretações equivocadas decorrentes da leitura isolada de trechos.
Análise crítica: Auxilia na avaliação da coerência e da consistência argumentativa do texto.
Produção textual: Contribui para a escrita de textos coesos e claros.
Identifique os conectivos: Sublinhe ou destaque as conjunções, advérbios, locuções conjuntivas e preposições presentes no texto.
Analise o contexto: O contexto ajuda a determinar o sentido exato do conectivo e a relação lógica que ele estabelece. Um mesmo conectivo pode ter diferentes significados dependendo do contexto.
Pergunte-se: "Qual a relação entre as ideias ligadas por este conectivo?" A resposta a essa pergunta revela a relação lógico-discursiva.
Substitua o conectivo por um sinônimo: Se a substituição mantiver o sentido original, você compreendeu a relação lógica.
Observe a pontuação: A pontuação, em conjunto com os conectivos, contribui para a coesão e a clareza do texto.
Cuidado com as "pegadinhas": Algumas palavras podem ter diferentes funções gramaticais dependendo do contexto. Por exemplo, "como" pode ser uma conjunção comparativa ("Ele corre tão rápido como um atleta") ou uma conjunção causal ("Como choveu muito, a rua alagou").
"Estudou muito, portanto, foi aprovado." (Conclusão)
"Não foi à festa, porque estava doente." (Explicação/Causa)
"Trabalha arduamente, mas não recebe o reconhecimento devido." (Oposição)
"Embora estivesse cansado, continuou trabalhando." (Concessão - tipo de oposição)
"Chegou quando a festa já havia começado." (Tempo)
"Preciso estudar mais para passar no vestibular." (Finalidade)
Compreender esses descritores é fundamental para aprimorar sua leitura e interpretação textual. Lembrem-se: a prática constante e a análise atenta dos textos são as chaves para o sucesso.
Continuem acompanhando nossas aulas e bons estudos!
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